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Recursos para explorar energia solar

energia solar1O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dispõe de linhas de financiamento para os setores fotovoltaico e eólico. A informação foi passada pela gerente da Área de Infraestrutura do banco, Ana Raquel Paiva Martins, nessa segunda-feira ao participar de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Proposta pelo deputado Gil Pereira, do PP, presidente da Comissão de Minas e Energia, a reunião teve como objetivo estimular a exploração deste tipo de energia no Estado, especialmente no Norte de Minas.

Ela disse, no entanto, que esses projetos precisam ter conteúdo local mínimo. Para facilitar o financiamento dessas empresas, o órgão criou uma nova metodologia, de modo a estimular a nacionalização progressiva dos equipamentos. “Ao longo do tempo, o banco vai aumentando a exigência de nacionalização dos equipamentos de empresas que se instalam no Brasil, o que facilitou a obtenção de empréstimos”, concluiu.
Embora apresente grande potencial de crescimento, o Brasil ainda utiliza pouco a energia fotovoltaica como constatou Rodrigos Lopes Sauaia, diretor executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSolar). Ele informou que o País conta apenas com 670 conexões desse tipo de fonte. Mas a associação, que já congrega quase 100 integrantes, está otimista em relação ao futuro.
Rodrigo Sauaia destacou os benefícios da energia fotovoltaica. No âmbito socioeconômico, ela promove a geração de empregos de qualidade, a criação de uma nova cadeia produtiva e o aquecimento da economia, segundo ele. No aspecto ambiental, gera-se energia limpa, sem emissão de gases, líquidos, sólidos ou mesmo ruídos. Quanto às vantagens estratégicas, Sauaia ressaltou que o País, ao optar pela energia solar, promove a diversificação de sua matriz energética e contribui para a redução de perdas por transmissão e distribuição (já que a maior parte dessa energia é produzida e consumida no mesmo local).
De modo a alavancar a ampliação do uso da energia fotovoltaica, a ABSolar apresentou reivindicações à comissão. Entre elas, destacam-se a isenção de impostos federais e estaduais sobre a cadeia produtiva da energia solar; programas de incentivo às chamadas micro e minigeração (com a adoção de uma meta estadual de telhados fotovoltaicos até 2020); realização de leilão estadual de energia solar (nos moldes dos leilões federais); criação de linhas de financiamento para pessoa física e jurídica; e instalação de sistemas fotovoltaicos em prédios públicos.
ATRASO - O presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, afirmou que o Brasil, mesmo com seu alto índice de insolação, tem grandes desafios para alavancar a cadeia produtiva da energia fotovoltaica. Ele avalia que a capacitação tecnológica é um gargalo a ser superado. Isso porque o País não domina a tecnologia de purificação do silício e sua transformação em cristal, insumo necessário para a construção de placas fotovoltaicas. “Corremos o risco de perder mais uma corrida nessa área. A base tecnológica da energia fotovoltaica é a mesma dos microprocessadores - a purificação do silício - e o Brasil perdeu essa onda tecnológica”, constatou.
Altino Ventura Filho, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, rememorou que até 1995, a matriz energética brasileira era predominantemente hidroelétrica. Só a partir de 1995, com a necessidade de construir usinas em regiões mais distantes do Brasil, é que o País começou a ver a necessidade de buscar energias alternativas.

Publicado em: 14/08/2015

Fonte: Jornal de Notícias

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